Presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues comentou o movimento de jogadores da Série A do Brasileirão contra os gramados sintéticos, que conta com o apoio de Gerson, Léo Ortiz e do chefe do departamento médico do Flamengo. Após participar do Conselho da Conmebol no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (26), o mandatário disse que a entidade está desenvolvendo um estudo sobre o tema para auxiliar no debate entre os clubes.
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“Respeitamos todos os posicionamentos, principalmente dos atletas. Mais do que a CBF, [o debate] têm que dos próprios clubes. A CBF, como sempre, vai fazer com que os clubes debatam. Já tem o movimento dos atletas dizendo que é prejudicial. A CBF, através da Comissão Nacional Médica e do doutor Jorge Pagura (presidente da comissão médica), está fazendo um estudo bastante profundo dentro do Brasil, não com dados científicos de fora”, disse.
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Ednaldo Rodrigues inclusive já indicou uma data para aprofundar essa discussão com os dirigentes: 12 de março. Esse é o dia que acontecerá o conselho técnico da Série A, no qual há expectativa que sejam iniciados os debates de temas importantes, como os gramados e a implementação de fair play financeiro.
“A CBF, reiterando mais uma vez, é democrática. O tema é dos clubes, dos atletas. Acho que é muito importante, mas ao mesmo tempo muito complexo. É uma competição que os clubes devem debater e se aprofundar. A CBF, como magistrada, faz aquilo que for necessário. Esse tema deve ser colocado pelo clubes na reunião presencial do conselho técnico”, completou o presidente da CBF.
Posicionamentos de jogadores do Flamengo
Alguns atletas do Flamengo se manifestaram sobre o tema, e o foco dos jogadores está principalmente na vantagem técnica dos times acostumados com a grama sintética. Gerson, capitão da equipe, se juntou a Neymar, Lucas Moura e outros atletas do futebol nacional em publicação nas redes sociais que deu início ao debate.
O zagueiro Léo Ortiz também entrou para a “polêmica” e fez críticas aos campos sintéticos, mas cobrou gramados naturais em melhores condições no futebol nacional:
“Os clubes fazem escolhas para priorizar uma coisa mais fácil de se cuidar, mas isso tira um pouco da qualidade do jogo. Acho que pela não manutenção muito seguida acaba prejudicando, e talvez aumenta a incidência de lesões. Isso preocupa os jogadores.(…) Prefiro jogar em um gramado natural, mas a cobrança tem que ser para termos gramados naturais de qualidade”, comentou em coletiva no Ninho do Urubu.
Varela concedeu coletiva nesta quarta-feira e revelou surpresa pela escolha do Vasco de levar a semi do Carioca para o Engenhão, já que jogadores do rival fazem parte do movimento: “Chamou um pouco a atenção, porque semana passada todo mundo se juntou para [defender] jogar em grama natural”.
Filipe Luís
Já Filipe Luís propôs uma solução para melhorar os campos: multa para equipes que não conseguirem manter uma grama de qualidade. O treinador rubro-negro afirmou que prefere um campo sintético a um natural muito ruim e afirmou que há “muitas desculpas” no Brasil.
“Muito importante que os jogadores se unam. Vi a entrevista do treinador do Palmeiras, o Abel, e eu concordo em tudo que ele falou. Talvez foi a primeira pessoa que não colocou política no meio. Eu penso o seguinte, Série A tem que ser regulamentado tem que ter exigências gramado natural e bom. Tem que ter multa se não estiver bom. Aqui eu vejo desculpas sobre o clima Na Arábia e no Catar é 50 graus e o gramado um tapete. É investimento.”
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