Neste sábado (8), comemoramos o Dia Internacional da Mulher. A representatividade feminina é enorme na história do Flamengo, com a presença de diversas atletas, treinadoras e torcedoras importantes no Rubro-Negro.
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Nesta matéria o MundoBola Flamengo traz para você dez mulheres marcantes na história do Rubro-Negro. Vale lembrar que esta não é uma lista que define uma sendo melhor que a outra, logo, não se trata de um ranking. Além disso, outras personagens do clube acabaram ficando de fora, mas serão lembradas no final da matéria.
Prós
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Lydia Von Ihering (esgrima)
Podemos afirmar que Lydia Von Ihering andou para que as futuras atletas do Flamengo pudessem correr. Lydia foi a pioneira do esporte feminino no clube em 1928, quando se tornou remadora do Rubro-Negro, que possuía predominância masculina na modalidade.
Além do Remo, engajou mulheres na prática de outros esportes, como a natação e tênis. No vôlei, criou o time feminino do Flamengo. No entanto, o destaque vai para a esgrima, na qual foi campeã carioca.
Norminha (basquete)
A jogadora argentina de basquete nasceu em Buenos Aires, contudo, se naturalizou brasileira. Norminha chegou ao Mais Querido em 1962 e se tornou referência no maior time de basquete feminino da história do clube, que foi bicampeão carioca em 1964 e 1965.
Pela Seleção Brasileira, conquistou seis vezes o Campeonato Sul-Americano, foi bicampeã do Pan-Americano e conquistou o bronze no Mundial de 1971. Em setembro de 2024, Norminha conheceu o Museu Flamengo e foi homenageada nas redes sociais do clube.
Isabel (vôlei)
Maria Isabel Barroso Salgado foi uma das atletas de vôlei mais talentosas que o Brasil já teve. Isabel chegou ao Flamengo aos 13 anos de idade, estreando no clube em 1973. Em 1978 e 1980 foi campeã brasileira pelo Rubro-Negro, além do título Sul-Americano de 1981 em Sucre.
Isabel disputou três Olimpíadas (1980 e 1984) e conquistou o Pan-Americano de 1979. Atuou como técnica no histórico título da Superliga Feminina de 2000/01 sobre o Vasco.
Nos anos 90, migrou para o vôlei de praia devido à popularização da modalidade. Isabel sempre foi uma figura defensora dos direitos das mulheres e outras causas sociais, principalmente a relação da maternidade no esporte.
Isabel faleceu no dia 16 de novembro de 2022 aos 62 anos, vítima de pneumonia.
Jacqueline (vôlei)
Em 1978, Jackie Silva foi a melhor jogadora do Campeonato Brasileiro de Vôlei vencido pelo Flamengo. A levantadora Camisa 10 também conquistou o Sul-Americano em 1980. Pela Seleção Brasileira, conquistou o Pan de 1979 e atuou nos jogos Olímpicos de Moscou (1980) e Los Angeles (1984).
Assim como Isabel, migrou para o vôlei de praia, se tornando um das melhores atletas do mundo. Em 2001, Jacqueline foi considerada a atleta da década da modalidade pela Federação Internacional de Voleibol. Ao lado de Sandra Pires, conquistou o ouro olímpico em Atlanta no ano de 1996.
Luisa Parente (ginástica artística)
Luísa Parente foi outra ginasta histórica do Flamengo, onde chegou com apenas seis anos de idade. Em 16 anos no Rubro-Negro, foi vencedora em todas as categorias que participou.
Luísa foi a primeira brasileira a conquistar duas medalhas de ouro em campeonatos Pan-Americanos, feito alcançado em Havana no ano de 1991. Considerada a pioneira do esporte no Brasil, a ginasta também foi a primeira a competir em duas Olimpíadas: Seul 1988 e Barcelona 1992.
Hoje celebramos o aniversário da ex-ginasta rubro-negra Luísa Parente! Desde criança no Mais Querido, ela construiu uma trajetória brilhante defendendo o clube ao longo de toda a sua carreira. Luísa conquistou títulos estaduais, brasileiros e sul-americanos em todas as categorias… pic.twitter.com/bmf7xRHARE
— Time Flamengo (@TimeFlamengo) February 1, 2025
Georgette Vidor (ginástica artística)
É impossível falar da ginástica artística brasileira sem citar Georgette Vidor. A atual coordenadora técnica do Flamengo é uma das responsáveis pela evolução do esporte no país.
Georgette começou como técnica no Flamengo em 1980. Em 1997, ficou paraplégica após grave acidente com o ônibus da equipe rubro-negra. Contudo, o ocorrido não a impediu de marcar seu nome na história da ginástica.
Em 2009, se tornou a coordenadora da Seleção Brasileira de Ginástica Artística Feminina, ficando até 2016. Em 2020 retornou ao Flamengo, onde conquistou diversos campeonatos estaduais e brasileiros.
Vidor é responsável por revelar e treinar talentos como Luisa Parente, Soraya Carvalho, Daniele Hypolito, Jade Barbosa, Flávia Saraiva e Rebeca Andrade, além de outras.
Rosicleia Campos (judô)
A atual treinadora de judô do Flamengo foi umas das pioneiras da modalidade feminina no Brasil. Rosicleia chegou ao Rubro-Negro aos 15 anos de idade, conquistando títulos cariocas, brasileiros e sul-americanos.
Rosicleia Campos competiu em dois Jogos Olímpicos: Barcelona 1992 e Atlanta 1996. Como técnica da Seleção Brasileira, conquistou 22 medalhas em Mundiais e cinco olímpicas. Treinou atletas como Mayra Aguiar, Sarah Menezes e Rafaela Silva.
Daniele Hypolito (ginástica artística)
Atualmente no Big Brother Brasil 2025, Daniele Hypolito foi uma das maiores ginastas do Brasil. A atleta chegou ao Flamengo aos dez anos em 1994, a convite da treinadora Georgette Vidor. A vinda ao Rubro-Negro demandou sacrifício de sua família, que largou tudo em São Paulo para apostar na carreira de Daniele.
Em 1996, a ginasta foi a primeira na categoria individual geral no Campeonato Brasileiro. No ano seguinte, sobreviveu ao acidente de ônibus que vitimou sete pessoas da equipe do Flamengo e deixou Georgette Vidor paraplégica.
Em 2001, se tornou a primeira brasileira medalhista em mundiais, ao conquistar a prata em Gante, na Bélgica. Daniele participou de cinco Olimpíadas, além de faturar dez medalhas em Pan-Americanos e 15 títulos nacionais.
Virna (vôlei)
Durante sua passagem pelo Flamengo, a atleta usou a Camisa 10 de Zico, recebendo o Manto Sagrado do próprio Galinho de Quintino. Virna foi fundamental na conquista da Superliga Feminina de 2000/2001 sobre o Vasco, sendo eleita a melhor jogadora em quadra na decisão.
Pela Seleção Brasileira, conquistou a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Atlanta 1996 e Sydney 2000, a última, sendo atleta do Mais Querido. Virna se aposentou das quadras em 2010.
Rebeca Andrade (ginástica artística)
A maior medalhista olímpica do Brasil é do Flamengo. Natural de Guarulhos, em São Paulo, Rebeca Andrade chegou ao Rubro-Negro em 2011 com 12 anos, começando uma história vencedora no esporte.
Em 2015, conquistou a medalha de bronze em sua primeira competição adulta, a Copa do Mundo de Ginástica, realizada na Eslovênia. No mesmo ano, Rebeca sofreu uma grave lesão no ligamento cruzado anterior do joelho direito.
Recuperada da lesão, Rebeca conseguiu disputar a primeira Olimpíadas da carreira em 2016, no Rio de Janeiro. No ano seguinte, lesionou novamente o LCA do joelho direito e retornou apenas no fim de 2018.
No ano do retorno, a ginasta conquistou a medalha de prata por equipes do Campeonato Pan-Americano em Lima. Em Cottbus, na Alemanha, conquistou o ouro no salto e na trave, além da prata nas barras assimétricas.
O talento de Rebeca “explodiu” a partir dos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2021, quando conquistou a medalha de prata no individual geral e o ouro no salto. Nas Olimpíadas de Paris em 2024, a ginasta fez história: ouro no solo, prata no individual geral e no salto e bronze por equipes.
Menções Honrosas
Apesar de matéria não ter abordado sobre outras mulheres importantes na história do Mais Querido, devemos lembrar de nomes como Érica Lopes, a Gazela Negra (atletismo), Maria Lenk (natação), Leila (vôlei), Jade Barbosa, Flávia Saraiva, Lorrane Oliveira (ginástica artística) e Rafaela Silva (judô). Duas equipes femininas também fizeram história no Flamengo:
Piedade Coutinho, Scylla Venâncio, Geysa Formenti de Carvalho e Lygia Cordovil ficaram conhecidas na natação como as “Fortalezas Voadoras”, devido ao tricampeonato de natação em 1938, 1939 e 1940.
Carmen Castello Branco, Carmen Marques Pereira, Leila Peixoto, Lygia Cossenza, Maria Pequenina Azevedo, Marina Celistre, Marlene Schenkel, Norma Telles, Rosa Maria O’Shea , Wilma Fernandes, entre outras, formaram a equipe de vôlei conhecida como “Rolinho Compressor”. O time foi campeão carioca em 1951, 1952, 1954 e 1955.
Publicado em fla.mundobola.com/