Ricardo Pieri Nunes será responsável pela defesa do atacante Bruno Henrique que foi indiciado pela Polícia Federal por envolvimento em esquema de apostas esportivas. O advogado criminalista já chegou a ser contratado para agir em defesa do Flamengo na tragédia do Ninho do Urubu e também defendeu o atleta em outro caso.
No ano passado, Bruno Henrique e seus familiares tiveram os aparelhos celulares apreendidos, após uma operação conjunta entre a Polícia Federal e o Ministério Público. Na época, Pieri entrou com um pedido de arquivamento da investigação. Ele solicitou a devolução dos bens e classificou a operação como infundada. Ainda destacou que o caso foi investigado e arquivado no STJD, por não encontrar indícios de manipulação do atleta.
“O tribunal entendeu que o lance em questão, no qual foi aplicado o cartão amarelo a Bruno Henrique, nem sequer era passível de falta”, disse a defesa.
Naquele momento, o tribunal apontou a inverossimilhança da acusação, já que o jogador teria tomado o cartão aos 52 minutos do segundo tempo, correndo risco de ser substituído ao decorrer da partida.
O advogado ainda informou que foi protocolado um pedido para a análise da informações fornecidas por três casas de apostas à IBIA (International Betting Integrity Association). De acordo com ele, nem o Minestério Público nem a Polícia Federal verificaram se os dados usados como base da denúncia foram produzidos com critérios técnico-científicos adequados.
“Protocolizamos também pedido para análise das informações que foram fornecidas pelas três casas de apostas mencionadas no processo à IBIA (International Betting Integrity Association). Nem a Polícia Federal nem o Ministério Público procuraram aferir se o método técnico-científico para a produção e extração dos dados que baseiam a denúncia foi devidamente observado.”
“Verifica-se nos autos que a equipe policial não se desincumbiu de trazer aos autos registros válidos sobre a produção e extração dos dados e não assegura a confiabilidade das informações apresentadas. Esperamos que essa investigação possa também ser arquivada com brevidade para que o atleta possa seguir exercendo sua profissão com integridade e sem maiores danos à sua imagem, que já foi atingida de maneira injusta e irreparável por uma operação infundada”, afirmou a defesa de Ricardo Pieri.
Em 2020, Bruno Henrique foi indiciado por apresentar uma CNH falsa
Além do atual caso, Ricardo também repesentou Bruno Henrique em 2020, quando o jogador foi parado em uma blitz da Lei Seca e apresentou uma carteira de habilitação supostamente falsa. A Polícia Civil do Rio de Janeiro alegou que o documento do jogador não constava nos registros do Detran-RJ. O camisa 27 do Mais Querido prestou depoimento, foi indiciado e o caso seguiu para o Ministério Público.
Porém, em abril de 2022, o atacante firmou um acordo de Não Persercução Penal (NPP), previsto no código penal, após a confissão do ocorrido. Ele pagou uma multa de R$ 100 mil e comprovou a transferência para quatro organizações sem fins lucrativos (ONGs).
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