Dirigente do Flamengo, Bap, aumenta a pressão e promete revelar nomes de devedores do clube. Sem negociações ou concessões, a postura firme gera repercussão
O presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, conhecido como Bap, fez duras declarações durante reunião com conselheiros na última quinta-feira (20). O dirigente expôs clubes do Brasil e da Europa que acumulam dívidas milionárias com o Rubro-Negro e garantiu que não haverá concessões nas cobranças.
“Não deva ao Flamengo que a gente expõe seu nome. Temos que sanar esse tipo de atitude. Não faço acordo nenhum nem dou desconto”, afirmou Bap. A principal reclamação do presidente envolve a venda de jovens promessas, especialmente para clubes portugueses.
Casos como os de André Luiz e Igor Jesus, negociados com o Estrela Amadora e posteriormente revendidos sem que o Flamengo recebesse a quantia devida, foram destacados pelo dirigente. Segundo Bap, as cobranças agora estão sendo tratadas na Fifa.
“Jogadores de seleção de base foram negociados para o exterior no ano passado. Daniel Cabral tinha vínculo até outubro de 2025 e foi liberado por valor zero. André Luiz e Igor Jesus foram vendidos e não recebemos o valor. Dez milhões de euros de vendas e só recebemos 200 mil euros”, destacou.
Clubes devedores e valores não recebidos
O Flamengo detalhou os principais casos de inadimplência:
- André Luiz (Estrela Amadora – revendido ao Rio Ave): 1,2 milhão de euros não pagos.
- Daniel Cabral (Estrela Amadora): Liberado sem custos.
- Thiago Maia (Internacional): 4 milhões de euros pendentes.
- Werton (Leixões): 1 milhão de euros não pagos.
- Gabriel Noga (Leixões): 100 mil euros pendentes.
- Diego dos Santos (Paços Ferreira): Transferência sem custos.
- Igor Jesus (Estrela Amadora – revendido ao Los Angeles FC): 3,6 milhões de euros não pagos.
No total, o Flamengo deixou de receber cerca de 9,9 milhões de euros (aproximadamente R$ 56,2 milhões).
Histórico de cobranças e postura firme
Não é a primeira vez que o Flamengo enfrenta dificuldades para receber valores de transferências internacionais. Com a postura incisiva de Bap, a diretoria espera recuperar os valores devidos e estabelecer um exemplo de firmeza no mercado.
“O dono do Estrela Amadora é o mesmo do Leixões. Não temos garantias e não temos como cobrar, não tinham sido acionados na Fifa. Agora, estão sendo cobrados com multas e juros”, acrescentou o presidente.
Publicado em bolavip.com