Diretor de Esportes Olímpicos do Flamengo, Marcus Vinicius Simões Freire participou do quinto episódio do MengoCast, podcast da FlamengoTV, que foi ao ar nesta sexta-feira (18). Entre os muitos assuntos de sua carreira e do Mengão, o dirigente explicou o planejamento de implementar um DNA Rubro-Negro em cada modalidade para unificar o modelo de trabalho.
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A ideia da diretoria é que o treinador principal de cada modalidade seja o responsável por aplicar e repassar essa filosofia do Flamengo. Ele cita Sérgio Hernández e Bernardinho, que serão responsáveis por passar os seus modelos para os treinadores das categorias de base.
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O principal objetivo é determinar um estilo de jogo para cada esporte e padronizar esse modelo para a base. Assim como no futebol, essa unificação visa que o atleta rubro-negro realize os mesmos processos em todas as categorias e passe por transição mais fácil quando for defender o time principal.
“Não é só a troca, estamos fazendo uma mudança de filosofia. Trocamos o head coach e o treinador da base, trouxemos um técnico argentino com cinco olimpíadas, medalha olímpica, medalha mundial. Eu estive com ele três vezes em olimpíadas. Estamos contratando um treinador da base e estamos defendendo o que chamamos de DNA Rubro-Negro”, disse, antes de completar:
“No basquete será desenhado pelo Oveja, no vôlei pelo Bernardinho, futebol feminino… Vamos ter uma forma de jogar. Independente de o Bernardinho sair, ele vai ter que ter formado o segundo e o terceiro treinador. Quando o Oveja for embora, vai ter que ter formado dois ou três também. Para continuar com o conceito do esporte.”
A inspiração para essa ideia está dentro dos Esportes Olímpicos do Flamengo: Georgette Vidor. A histórica treinadora e coordenadora da ginástica do Mengão criou um modelo onde as atletas são treinadas sob a mesma filosofia desde que chegam ao clube.
Filosofia aplicada nas medalhistas olímpicas Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Lorrane Oliveira e Jade Barbosa. Além de nomes como Daniele Hypólito, atleta do Flamengo por muitos anos.
“A Georgette Vidor fez isso na ginástica. Hoje, existe quase uma transição dos treinadores. A Rebeca, maior medalhista da história do Brasil, é quase uma ‘filhote’ de Daiane dos Santos. É um trabalho de 20 anos. Eu trabalhei com a Daniele Hypólito em 2000. Estou com a Jade desde Pequim 2008, ela foi medalhista agora, coisa de louco. Isso é o esporte, precisa de quatro anos, oito anos, 12 anos em algumas modalidades.”
Flamengo precisa aumentar receitas dos Esportes Olímpicos
Os Esportes Olímpicos do Flamengo são autossustentáveis, mas Marcus Vinícius afirmou que a situação atual é de “zero a zero” e há missão de elevar as receitas. Ele reforça que, assim como no futebol, o clube precisa disponibilizar as melhores condições para os atletas desempenharem o máximo.
“Tem que ter dinheiro para dar ao atleta a melhor condição possível. Ele pode perder, faz parte do jogo isso. Precisa ter ciência, sono, psicologia, os melhores equipamentos, viagens, preparador físico, estatística, nutrição. Isso custa dinheiro. Fizemos isso no COB e vamos fazer aqui. O entorno do atleta tem que ser o melhor possível, para não ter muleta, não vai ter aqui. Perdeu porque o adversário foi melhor, faz parte do jogo.”
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