Jornalista acredita que o português não é o culpado pela sequência de fracassos no clube em 2023
Escolhido para ocupar o lugar de Dorival Júnior, Vítor Pereira estava ciente que seu início de trabalho poderia ser glorioso ou catastrófico. Dessa forma, a segunda hipótese acabou se confirmando com as frustrações do time na Supercopa, Mundial e Recopa, algo que vem motivando fortes críticas da torcida. Apesar disso, na visão de PVC, o técnico não pode ser cobrado por um trabalho de dois meses, ainda que a equipe esteja devendo em campo.
Diante disso, o jornalista não vê nenhuma razão para que Vítor Pereira seja desligado. Porém, como existe uma forte pressão dentro e fora do Flamengo, o português tem chances de, sozinho, sofrer as consequências dos resultados, algo que já ocorreu em outras ocasiões.
“O Flamengo não consegue se livrar que tem muito a ver com a política do clube. Demitir um técnico a cada seis meses. O Flamengo troca de técnico como quem troca de cueca (…) A Recopa é o objetivo do Flamengo na temporada? Não. A Supercopa pode ser o objetivo de algum clube na temporada? Ninguém vai dizer que o cara vai entrar no torneio para perder, não se trata disso. O campeonato estadual é o objetivo do Flamengo na temporada? Você pode discutir que o Mundial de Clubes sim é um objetivo, e aí você vai pegar uma preparação equivocada.”, disse no podcast Posse de Bola, do UOL Esporte.
“Mas a preparação equivocada não pode ser colocada na conta de um técnico que chegou em 2 de janeiro. Não existe nesses primeiros dois meses nenhuma razão objetiva em relação ao que foi planejado para demitir o Vítor Pereira. O que existe é o nosso velho hábito de entender que toda a responsabilidade está na cabeça de uma pessoa.“, completou.
Patamar financeiro do Flamengo
Na sequência, PVC cobrou que o clube carioca tenha um planejamento que faça jus ao tamanho da receita atual. No entanto, mediante disputas internas, algo que envolve Ninho do Urubu e Gávea, a saída de Vítor Pereira, em caso de fracasso no Carioca, tem chances de ficar inevitável.
“É claro que todo trabalho de um ano não vai dar resultado. Evidente que não. Um time vai ganhar. O que não pode é o clube mais moderno do país, o clube que quebrou paradigmas e arrecada hoje R$ 1,2 bilhão, esse clube continua à mercê, arcaico nas suas relações internas.“, apontou.
Publicado em torcedores.com