O GLOBO: O Conselho de Administração do Flamengo votou nesta terça-feira pela aprovação do orçamento do próximo ano, que prevê mais de R$ 1 bilhão de receita, com R$ 800 milhões garantidos. Ou seja, um cenário de menos incertezas após dois anos de pandemia. Houve apenas uma abstenção, praticamente unanimidade.
Assim como em 2020 e 2021, a projeção é de que o time consiga chegar pelo menos nas semifinais da Libertadores e Copa do Brasil e no segundo lugar no Brasileiro.
O departamento de futebol terá como usufruir desta realidade financeira ainda confortável. Tudo que arrecadar com venda de atletas poderá ser revertido para fortalecer o elenco e a comissão técnica. A previsão é de cerca de 20 milhões de euros (quase de R$ 140 milhões) como meta de venda de jogadores. Embora tenha que pagar parcelas de atletas do atual grupo, há espaço para contratações, e, sobretudo, para um treinador de alto nível.
Caberá ao futebol equalizar os gastos. Se quiser trazer uma comissão técnica numerosa e de ponta, o Flamengo não poderá investir tanto no elenco. O equilíbrio é necessário para que os gastos não saiam do controle. A diretoria entende que é preciso acertar mais nesses investimentos. Como ainda tem contas a pagar pelas compras de Gabigol, Pedro e outros jogadores, inicialmente o plano é ampliar os empréstimos dos últimos reforços já trazidos neste modelo de negócio.
Há um cuidado de que eventuais ofertas para atletas do atual elenco não desfigurem o time base. Nos últimos anos, o Flamengo precisou vender jogadores que eram pilares da equipe multicampeã em 2019, como Pablo Marí e Gerson. Mas o rubro-negro conseguiu recuar nas investidas sobre destaques como Everton Ribeiro e até Rodrigo Caio.
Hoje, a ideia é que exista reposição de qualidade em posições na quais os atletas deram sinais claros de declínio físico, como Diego Alves, Filipe Luís e Diego Ribas. O trio tinha contrato até dezembro, mas renovou por uma temporada justamente por não haver no momento esta reposição. Os alvos no mercado serão definidos a partir da chegada de um novo treinador.