Diego Alves já é um dos goleiros mais vitoriosos da história do Clube de Regatas do Flamengo. No sábado ele pode se firmar ainda mais nessa galeria, conseguindo algo que nenhum outro ídolo rubro-negro conseguiu: ser bicampeão da Libertadores com a camisa do clube. Ele não estará sozinho nessa, já que há vários remanescentes do time que encantou a América em 2019. Em entrevista ao jornalista Cahê Mota, do GE, o goleiro falou sobre a pressão por títulos e a obrigação de ganhar tudo.
“Jogamos no Flamengo, né!? É a primeira coisa. Quando se joga aqui, a obrigação de títulos é importante e o sarrafo que deixamos é alto. Quando cheguei aqui no meio de 2017, o Flamengo tinha alguma coisa que não passava das oitavas na Libertadores. Chegou na final da Copa do Brasil e perdeu nos pênaltis. Foi uma geração que o pessoal chamou de geração não sei o quê. Muitas coisas influenciaram, e nós, que vivemos esse momento, mudamos essa imagem. Quando você muda e deixa o nível alto, a cobrança por títulos é importante, mesmo sabendo que às vezes é quase impossível – e volto no calendário – conciliar três competições“
O goleiro ainda falou sobre a obrigação de ganhar tudo, por conta do investimento. Diego Alves acredita que a pressão no Flamengo é natural, independente da questão financeira, por conta do tamanho do clube e de sua torcida.
“Dizem: “Ah, mas investiu tanto!”. Não é um problema de investimento. Se fosse por investir, o Manchester City tinha que ganhar tudo todo ano, o PSG, e não ganham. É difícil, mas estamos colhendo o que plantamos. Plantamos coisas grandiosas e isso nos deixa muito em evidência. Existe esta pressão por ser jogador do Flamengo, por representar um time de 42 milhões de torcedores. Quem vem para o Flamengo sabe da importância. Se não quer pressão, não vem para cá. Sabemos que a partir do momento que veste a camisa, a mira está para você. Convivemos com isso sabendo que quando ganha não é o melhor e quando perde não é o pior”.