Um dos itens da revisão orçamentária do Flamengo para 2021 é uma movimentação financeira que envolve operação bancária. O plano é fazer adiantamento junto ao Banco Santander de R$ 39 milhões referentes a parcelas da venda do meia Gerson ao Olympique de Marselha, da França. O jogador deixou o clube em julho pela transação total de 20 milhões de euros (R$ 127 milhões, na cotação atual), que será parcelada até 2025.
Mas por que um clube que projeta receita bruta de R$ 1 bilhão no exercício deste ano e superávit de pelo menos R$ 137 milhões precisa realizar essa transação com uma instituição financeira? A resposta está no fluxo de caixa e no entendimento do que é desempenho econômico (informações que tratam das receitas e despesas referentes ao ano no qual elas foram contraídas) e o que é financeiro (o dinheiro que efetivamente entra na conta do clube).
O Flamengo terminou junho com R$ 33,4 milhões em caixa. Na readequação orçamentária, a projeção de saldo final do caixa neste ano é de R$ 64,3 milhões, já considerando a antecipação de R$ 39 milhões das parcelas de Gerson.