O Flamengo decidiu aderir a uma nova tendência dos clubes para engajamento e receita: os fan tokens (FTOs), sucesso nos principais times da Europa e que já são usados no Brasil. O Mengão vai lançar a sua na próxima terça-feira (19) e espera um resultado impactante, principalmente por ser um dos clubes mais engajados no mundo das redes sociais e pelo tamanho de sua torcida. Mas afinal, o que é isso?
Os fan tokens (FTOs) são representações digitais de ativos reais, fracionadas e protegidas por criptografia. Ou seja, um criptomoeda personalizada para o torcedor. Dessa forma, qualquer ativo do clube pode ser tokenizado e vendido em partes para pessoas interessadas. É uma fonte de receita importante em alguns grandes clubes e que não requer tantos custos. O segredo é o engajamento com o seu torcedor.
Outro aspecto positivo dos fan tokens é que não há nenhuma validade estabelecida. Enquanto a pessoa estiver em posse de um ou mais, poderá usufruir de todos os benefícios que lhe convém.
Flávio Sivieiro, que trabalha na UniProof, empresa de blockchain (empresa que presta serviços de criptomoedas), explicou como funciona o mecanismo de compra e venda dos tokens ao jornal Lance:
– Quando tem a oferta primária, no momento que são distribuídos ao mercado, o clube que define o preço. Ele define não apenas o valor, como também a quantidade de tokens que serão emitidos. A partir daí, você têm a plataforma de bitcoin selecionada pelo clube, e você pode vender para quem você quiser, desde que esteja cadastrado na plataforma. E aí é oferta e procura, não tem nada que define o preço, a não ser a disposição da pessoa em pagar – apontou.